Direct Drive X Belt Drive? eis a questão...

Alguns podem começar a ler este post e dizer, pô o Egidio tah louco é claro que a resposta é simples "Direct Drive", mas é justamente por este preconceito ao Belt Drive que vou fazer um post falando de cada formato para depois obter uma opinião.

Não se iluda, não sou expert, então esta não é uma opinião mega-ultra-técnica especializada, ela foi construída com base em minhas constatações e pesquisas com toca-discos e claro, uma boa leitura em vários fóruns e sites a respeito. E o que não falta é gente falando do assunto, então resolvi engrossar este coro e botar minha opinião no blog. (Sem falar que não gosto de ficar copiando coisas dos outros portanto.. estou aqui.. teclando.. teclando...)

Para os 'não iniciados' ficarem a par do que estamos falando, o sistema Belt Drive de um toca-discos determina que o giro do prato será feito através de polias e correias (belt), ou seja, o motor não tem contato direto com o prato giratório, já o sistema Direct Drive, o prato giratório é o centro do motor,  não há mecanismos externos para o giro do prato, apenas o campo eletromagnético gerado pelo induzido do motor. (Bah.. minha mãe vai adorar esta parte do post!)

Num sistema Belt Drive, como há um mecanismo que transmite a força para giro separado do eixo do prato giratório, normalmente não se percebe ruidos de baixo decibéis causados pela vibração natural do motor ja que a correia (Belt) normalmente é de borracha ou silicone então este material amortece qualquer vibração, fazendo com que o prato giratório rode mais 'silencioso'. O resultado disso é uma audição mais fiel. (já bastam os mega-utra-legais estalos dos discos de vinil). Com um som mais limpo, sem muitas interferências eletromecânicas, este é o sistema adotado (e preferido) também em sistemas Hi-End de toca-discos, se você tiver dinheiro para  comprar um Caliburn, o toca discos de US$ 90 mil, terá um belo sistema Belt-drive em casa.  Um dos incomodos deste sistema é justamente a correia, o não uso dela por um tempo prolongado pode danifica-la. Então lembre-se que a correia é um item de manutenção constante, deve ser trocada a cada ano, vai por mim....

Já num sistema Direct-Drive, que é o preferido pelos DJ's, porque eles tem mais domínio sobre o equipamento já que o prato está ligado diretamente pelo eixo do motor, sem partes mecânicas, isso que possibilita manobras como o Scratch, já que não existe a possibilidade da correia sair ou romper, afinal ela não existe. Em contra partida pode ser escutado uma leve som ressoante derivado justamente do atrito interno do motor, as agulhas, principalmente as de boa qualidade podem captar este som. Mas não se preocupem, é coisa pouca.. junca vi ninguém reclamar disso. Os sistemas direct-drive ficaram muito populares e equipam os principais equipamentos discotecagem do mercado. As famosas Technics SL-1200 Mk2 que hoje podemos dizer que estão entre os objetos de desejo de 9 entre 10 DJ's, e todas tem sistemas direct-drive. Outra vantagem do sistema é o torque, já que em sistemas Belt-drive o conjunto correia+polias impede que todo o torque do motor seja transportado para o prato giratório, nos sistemas direct-drive você terá sempre em mãos toda a potência do motor para controlar a inicialização do giro. Acreditem para DJ's isso faz muita diferença..

Resumindo, se você é DJ, precisa de domínio sobre o equipamento e quer fazer piruetas com seus discos sem se preocupar se a correia irá sair, ou romper, sua escolha será sempre toca-discos com sistema Direct-Drive, porém se vc quer ter simplesmente um bom Toca-Discos para o dia-a-dia os sistemas em Belt-drive betem um bolão também, e se você é audófilo, vive inventando fórmulas esquisitas para limpar seus discos e fica procurando o que tem de melhor em áudio (Deus-me-livre alguém fazer um scratch nos meus aparelhos) então Belt-drive será sua escolha.

A escolha é sua amigo!!